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A eficácia da drenagem linfática no pós operatório de abdominoplastia





Olá! Tudo bem? Esse blog faz parte da Chakalat.net e esse post fala sobre A eficácia da drenagem linfática no pós operatório de abdominoplastia.



1 INTRODUÇÃO

A abdominoplastia trata-se de uma técnica de cirurgia plástica muito realizada por mulheres que sofrem com flacidez tissular em região abdominal.

Esta característica é bastante comum após gestação ou grande perca de peso, normalmente decorrente a cirurgia bariátrica. Muitos casos dificultam a socialização por causar constrangimento, causando efeitos psicológicos negativos. Estes fatos aumentam a procura deste tipo de cirurgia estética.

O procedimento torna-se bastante seguro quando se busca um profissional de qualidade para realizar a cirurgia e para realizar o pós operatório.

O pós operatório é extremamente importante para evitar complicações e ajuda na recuperação, estimulando o sistema linfático e eliminar edemas pós traumas, melhorando o sistema imunológico e proporcionando melhor qualidade de vida durante o processo de recuperação.

Trata-se de um artigo de revisão de literatura, cujas palavras – chaves utilizadas foram drenagem linfática, pós – operatório, sistema linfático e abdominoplastia, nos sites Google Acadêmico, Lilacs e Scielo, nos idiomas Português, Inglês e Espanhol.

Os temas abordados nessa revisão de literatura serão anatomia e fisiologia do sistema linfático, técnica da cirurgia plástica de abdominoplastia e suas associações, pós operatório de abdominoplastia e suas particularidades com ênfase na drenagem linfática e seus resultados, finalizando o artigo serão apresentadas as referências bibliográficas.

Tem como objetivo verificar um melhor resultado com a drenagem linfática, identificar a veracidade do tratamento com a drenagem linfática e evitar complicações tardias.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 SISTEMA LINFÁTICO

O sistema linfático é considerado uma via alternativa que funciona em conjunto com o sistema circulatório que tem como função equilibrar os líquidos tissulares. Esse sistema não e nada fácil para ser estudado, pois são muito frágeis e com uma coloração esbranquiçada, devido a isso durante muitos e muitos anos não foi possível a visualização deste sistema. Para muitos estudiosos a linfa era chamada de sangue branco. O sistema linfático era como uma segunda via para os líquidos do espaço intersticial, para que pudessem fluir para o sangue, assim levando proteínas e grandes partículas para fora do espaço tecidual. (GUYTON, 1996 apud BORGES, 2006, p. 345).

O sistema linfático é unidirecional, ou seja, segue para um único sentido da periferia para o centro. Esse sistema não possui nenhum órgão bombeador, como o sistema sanguíneo tem o coração, ele tem apenas estruturas chamadas linfonodos que ajudam na circulação do líquido linfático. O sistema linfático possui vasos superficiais e profundos. Os vasos superficiais são em grande número, sensíveis e possuem grande quantidade de anastomoses, seu trajeto acompanha as veias, e a drenagem linfática manual é feita sobre esses vasos que estão localizados acima da fáscia do tecido muscular. Os vasos profundos são em menor quantidade, pouco utilizados na drenagem linfática manual e com pouca anastomose, são localizados abaixo da fáscia muscular e responsáveis pela drenagem dos músculos, vísceras, órgãos e cavidades articulares. (BORGES, 2006, p. 346).

Os órgãos que fazem parte deste sistema são: intestino, baço, timo e amidalas. E autores como Leduc (2000) dividem o sistema linfático em: capilares linfáticos, vasos linfáticos, vasos pré coletores, vasos coletores, troncos linfáticos, ductos linfáticos, linfonodos e linfa. Os capilares linfáticos tem como função principal a absorção de macromoléculas. Apresentam como uma diferenciação anatômica pois tem formato de "dedos de luva". Os capilares linfáticos não permitem que a linfa retorne, pois quando a linfa adentra seus orifícios eles se fecham. Vasos pré coletores tem a aparência semelhante a um "rosário", isso acontece devido a uma diminuição do diâmetro próximo ao local das válvulas e são chamados de linfagions, e essas válvulas permitem um fluxo unidirecional. Os vasos coletores são muito semelhantes as veias e possui três camadas, a íntima, a média e a adventícia. Suas válvulas são no sentido da linfa, assim evitando seu refluxo. Os troncos linfáticos são em um total de onze com os seguintes nomes: troncos lombares, tronco intersticial, tronco broncomediastinais, troncos subclávios, troncos jugulares e troncos descendentes intercostais e todos formam pares em exceção o tronco intestinal que trabalha sozinho. Ductos torácicos fazem parte da porção final do sistema linfático, que termina no sistema venoso. São dois ductos, o ducto linfático direito e ducto torácico direito. O ducto linfático direito é o conjunto dos troncos jugular direito, subclávio direito e brocomediastinal direito. O ducto torácico é a junção dos troncos descendentes intercostais, lombares e intestinais que formam a chamada cisterna do quilo. Os linfonodos podem ser classificados pela sua localização, profundo ou superficial. Os profundos estão sob a fáscia muscular e nas cavidades abdominais e os superficiais estão no tecido celular subcutâneo e normalmente são agrupados. O líquido que passa entre os capilares linfáticos são chamados de linfa que significa água limpa, purificada. Em um ser humano adulto pode circular em torno de 2 a 3 litros de linfa diariamente, os coletores são as principais vias de drenagem linfática que movimenta o fluxo aferente dos linfonodos, alguns fatores podem ajudar esse líquido à se mover com maior facilidade, pois esse fluxo normalmente é mais lento quando estamos parados, podendo acelerar com a prática de exercícios físicos, respiração correta, movimentos articulares e compressão externa como a drenagem linfática manual. (LEDUC, 2000 apud BORGES, 2006, p. 346 á 351; ZANELA et.al, SD, p.5).

Uma das principais funções do sistema linfático é fazer com que cada célula tenha um meio adequado para se desenvolver, tem função imunológica é divido em dois mecanismos, sendo um deles a imunidade humoral, onde os anticorpos podem ser acionados, e o outro é o mecanismo chamado de imunidade celular que ajuda no processo de fagocitose celular. (ZANELLA et.al, SD, p. 6).

O sistema linfático aumenta sua capacidade de absorção quando ocorrem alterações referente a quantidade de líquido absorvido pelo sistema, ou seja, quando a líquido filtrado é em maior quantidade do que o líquido absorvido. Se essa situação for mantida por um longo período pode se agravar e causar à morte do sistema linfático, para evitar que isso ocorra é indicado a drenagem linfática manual. (BORGES, 2006, p. 354).

2.2 DRENAGEM LINFÁTICA

As manobras da drenagem linfática se fazem necessárias pelas agressões que ocorrem nos vasos e nervos devido ao ato cirúrgico, para proporcionar ao paciente melhora no quadro álgico, diminuição da sensibilidade, edemas, prevenção de retrações cicatriciais, dores e seus diversos desconfortos, fazendo com que o indivíduo volte logo à sua rotina. (SOARES, 2012 apud COSTA, 2014, p.8).

A prática da drenagem linfática consiste em drenar o excesso de líquidos do espaço intersticial e fazer com que os restos de metabolismo celular sejam evacuados, pela captação e evacuação, processos estes facilitados pela execução correta das manobras de drenagem, ocorrendo assim a redução de edema, que por sua vez só ocorre quando houver a redução de cortisol, que é secretado nas fases inflamatória, de reparo e cicatricial, que acontece de 20 a 42 dias. (MACEDO E OLIVEIRA, 2010 apud SILVA, s.d, p.6).

Segundo Guirro e Guirro (2002) apud Silva (s.d, p.7) se executada de forma correta a drenagem não apresenta riscos ao paciente, somente se for administrada na direção errada, com exacerbada pressão e rapidez, e somente será contra indicada em casos em que houver presença de processos inflamatórios, erisipela, trombose e neoplasia.

A drenagem deve se iniciar nas cadeias ganglionar, para que ocorra melhor fluidez no escoamento da linfa, a pressão contida nas manobras contribuem para abrir o maior números de vias onde a linfa ira evacuar, ou seja os coletores colabados se abrem e aumenta assim a quantidade de líquido reabsorvido. Onde se realiza inicialmente nas regiões proximais, no caso da cirurgia de abdominoplastia, na região de abdômen, região torácica e axilar, pois precisamos de um reservatório vazio, para auxiliar no escoamento da linfa, que irão atingir as vertentes linfáticas onde encontram os linfonodos que irão filtra-las. (GUIRRO e GUIRRO, 2005 apud SILVA, s.d, p.9)

Os movimentos em locais que contém gânglios deve ser respeitadas conforme efetuamos nas vias linfáticas, com suavidade e prudência. Iniciamos com o indicador perpendicularmente em direção a evacuação dos gânglios. Pode-se efetuar os movimentos com as mãos sobrepostas, aplicando a pressão na mão superior fazendo com que a outra amorteça o impacto. (LEDUC e LEDUC, 2007, p.57)

A técnica pode se proceder de duas formas, clássica e outras, onde sua única diferenciação é o local de aplicação. Ambas utilizam cerca de 5 movimentos: drenar linfonodos, círculos somente com polegar e também com restante dos dedos, e as duas técnicas combinadas, e por fim o bracelete com pressão. (GUIRRO E GUIRRO, 2002 apud SILVA, s.d, p.09)

A manobra de captação é efetuada de forma que os dedos façam uma pressão sucessiva do punho com movimentos circulares, aumentando assim a pressão tissular, sempre no sentido fisiológico do sistema linfático. Movimentos como adução e abdução do cotovelo são administrados pelo ombro, onde a pressão se instala na abdução. A manobra de evacuação ocorre com movimentos do indicador até o anular, onde temos a pressão presente na abdução do cotovelo, porem deve-se ocorrer com suavidade para evitar pressões fortes. (LEDUC e LEDUC, 2007, p.36).

Outro movimento importante são os círculos com os dedos com ausência do polegar. Ele inicia-se com certa pressão e termina com suavidade, prolongado e ritmado, ocorrendo consecutivas vezes no local e sem fricção, com uma sequência de aduções e abduções dos ombros, com auxílio dos cotovelos fletidos. Já com o auxílio do polegar ele permite mobilidade e adaptação, onde ele transfere seus movimentos de rotação combinados com os demais dedos. Deve-se tomar cuidado para não pinçar a pele quando os movimentos forem no mesmo sentido, e lembrando de respeita de 2 a 3 segundos em cada manobra, para que haja facilitação na reabsorção e drenagem. As pressões em bracelete podem ser efetuadas com as duas mãos, com fase de pressão sucedida por relaxamento. (LEDUC e LEDUC, 2007, p.37).

Em todas as manobras devemos respeitar a fisiologia do sistema linfático, por isso se faz importante ter conhecimento sobre ela. Os movimentos além de serem suaves e rítmicos, devem ter pressão de 45 mmhg, a afim de facilitar a evacuação e descongestionar as vias. (LEDUC e LEDUC, 2007, p.66).

2.3 ABDOMINOPLASTIA

A procura por cirurgias plásticas vem aumentando cada vez mais, seja ela reparadora ou estética como a abdominoplastia que tem por objetivo melhorar a forma de seus pacientes. A qualidade da cirurgia não depende apenas do procedimento cirúrgico, mais também dos cuidados pré e pós operatório com o intuito do fator preventivo e promover melhores resultados. (MACEDO, 2010 apud COSTA, 2014, p.6).

A cirurgia de abdominoplastia consiste em um intervenção onde ocorre a retirada do excesso de tecido subcutâneo na região abdominal, através de uma incisão supra púbica seguida de deslocamento do umbigo e com à prega da musculatura reto abdominal que é muitas vezes associada a lipoaspiração, para a retirada da camada adiposa existente. (SOARES, 2012 apud COSTA, 2014, p.6).

As técnicas mais utilizadas são: a mini abdominoplastia sem deslocamento do umbigo, a mini abdominoplastia com deslocamento do umbigo (onde se retira o tecido inferior do abdome e desloca o umbigo) e a abdominoplastia clássica que retira grande parte do tecido de todo o abdome e desloca o tecido até à costela, refazendo um novo orifício para o umbigo. (CABRAL, 2011 apud SILVA, 2015, p.5).

Segundo Soares (2012) apud Costa (2014, p.6) são indicados para a cirurgia de abdominoplastia pacientes que possuem flacidez abdominal após cirurgias bariátricas e gravidez, pacientes tiveram grande perda de peso, indivíduos que apresentam gordura localizada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda-se que a retirada de gordura não ultrapasse 7% do peso total da paciente, caso não seja seguida à recomendação aumentam os riscos na cirurgia, pois o tempo do procedimento será maior e haverá grande perca de sangue. A cirurgia é contraindicada em casos de mínima flacidez tecidual, em pacientes com alterações pulmonares, diabetes, e fumantes pelo risco de necrose tecidual. (BORGES, 2006, p.41 e 42; MATTOS, 2004 apud SILVA, 2015, p.5).

As cicatrizes são extensas e traçadas acima dos pelos pubianos, seguindo um corte horizontal abaixo das cristas ilíacas anterossuperiores, permanentes, sendo a cicatrização de qualidade variável de acordo com as características genéticas, repouso no pós- operatório e as prevenções indicadas. A cicatriz na abdominoplastia é uma marca visível, pode ser classificada segundo tipo e quantidade de tecido, os tipos são: cicatrização por primeira intenção (deposição de colágeno reduzido com justaposição de tecido por tecido) e cicatrização por segunda intenção (quando há perda de tecido e o reparo se dá por proliferação de tecido de granulação resultando numa cicatriz inestética com o comprometimento funcional). Uma das consequências da má cicatrização é a formação de cicatrizes hipertróficas e queloideanas, de difícil tratamento e consistem na deposição irregular de colágeno. (BORGES, 2006, p.41 e 42; GUIRRO e GUIRRO, 2014, p.414 e 415).

O início do tratamento do pós operatório varia de acordo com o cirurgião que realizou a cirurgia de abdominoplastia, alguns cirurgiões plásticos encaminham seus pacientes entre 5 e 8 dias pós cirurgia outros encaminham do 6 ao 15 dias, onde as células estão na fase proliferativa do processo cicatricial, mas é recomendado que seja iniciado o tratamento de pós operatório no período de 72 horas à 15 dias após o ato cirúrgico realizando o tratamento de acordo com a fase que o paciente se encontra, seja ela de inflamação, proliferativa ou reparadora. Mas o uso de cinta deve ser mantido por 45 a 60 dias, e deve-se evitar exposição solar no mínimo 60 dias. (SILVA, et.al, 2014, p.26 e 27).

2.4 COMPLICAÇÕES

Após a cirurgia é indicado que o paciente procure um profissional habilitado para realizar o pós operatório, utilizando o tratamento de drenagem linfática manual associado a eletroterapia, tendo por objetivo uma melhor recuperação e o retorno mais rápido as suas atividades, pois previne possíveis complicações e desconfortos da cirurgia como a embolia pulmonar, necrose principalmente em pacientes fumantes ou diabéticos por alteração da microcirculação, quanto a manifestação desses sinais clínicos os pacientes que não passaram pelo tratamento de PO sofreram várias complicações como: hematomas, seromas, infecções na cicatriz cirúrgica, alterações cicatriciais, assimetrias, retrações, edema, equimose e a fibrose que ocorre no período de reparo pós lesão pela deposição excessiva de colágeno, sendo que esse processo de reparo tecidual é variável de acordo com a resposta fisiológica de cada organismo.(SILVA, et. al, 2014, p.25 à 27; GUIRRO, GUIRRO, 2004, p.42).

É utilizada uma cinta abdominal que realiza uma compressão moderada das superfícies descoladas na cirurgia prevenindo o aparecimento de seromas e hematomas. Durante o período inicial do pós cirúrgico à paciente deve permanecer em posição de supina, levemente angulada com o tronco superior elevado. (EVANS, 2007 apud SILVA, 2011, p.4).

Segundo Guirro e Guirro (2002) apud Silva (2011, p.7) a drenagem linfática manual atua na prevenção e tratamento de edemas.  A drenagem linfática não apresenta risco algum ao paciente de pós operatório, se for realizada de forma correta, com movimentos suave, sem muita força, realizada lentamente na direção correta. (BORGES, 2006 apud SILVA, 2011, p.7).

2.5 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NA ABDOMINOPLASTIA

De acordo com Borges (2006) e Guirro e Guirro (2002) apud Silva (2011, p.8) deve realizar a técnica já na fase aguda, este recurso vai tratar as alterações vasculares, ou seja o edema, deve-se levar em consideração a fase inicial de cicatrização, evitando deslizamentos e trações no tecido e a aplicar à técnica, o mais suave possível.

Nas cirurgias plásticas com incisões extensas como a abdominoplastia, há uma interrupção dos vasos linfáticos superficiais impedindo a drenagem convencional. Calluci, em 1981, sugeriu uma modificação no sentido clássico e denominou a drenagem reversa, onde os quadrantes que confluem para a região inguinal ficam interrompidos, devida a retirada do tecido, restam apenas os quadrantes superiores que confluem para os linfonodos axilares que se localizam mais próximos da região abdominal. Sendo que na drenagem convencional os movimentos direcionam a linfa para os quadrantes inferiores, para a região inguinal. Se for realizado a drenagem clássica num processo de abdominoplastia, pode ocasionar um edema pericicatricial, causando uma tensão indesejada na lesão. (GUIRRO E GUIRRO, 2002 apud SILVA, 2011, p.8).

A indicação correta é drenagem linfática manual reversa, em que suas manobras são direcionadas para as vias integras, a região axilar. É preciso obedecer os princípios de que a drenagem deve ser suave para se evitar lesões de tecido, evitar movimentos de deslizamento, seguir o trajeto das vias integras que não foram comprometidas na cirurgia, elevação do segmento a ser drenado, realizar de modo que não tracione a incisão cirúrgica. (GUIRRO E GUIRRO, 2002 apud SILVA, 2011, p.8 e 9).

As manobras de DLM deve ser realizada em ritmo lento e repetitivo, respeitando o mecanismo natural de transporte da linfa, que ocorre de 5 a 7 vezes por minuto. As sessões deve ser de pelo menos 30 minutos e o posicionamento deve dar condições de melhor deslocamento da linfa. (LOPES, 2002 apud SILVA, s.d, p.9).

3 RESULTADOS

Diante dos artigos utilizados para esta revisão de literatura, observou se que os pacientes que foram encaminhados ao tratamento de PO imediato, tiveram uma melhora significativa dos sinais da cirurgia e que após a sétima avaliação, os níveis de complicações a resposta inflamatória do paciente submetido ao tratamento, diminuíram de maneira gradual, sendo que o número de sessões médias realizadas por cada paciente foram de aproximadamente 20 sessões de drenagem linfática manual associada a eletroterapia.(SILVA et.al, 2014, p. 19, 20, 25, 26, 27).

Segundo Silva et.al (2012, p.296) observou-se que o recurso terapêutico mais utilizado para o tratamento pós-operatório de abdominoplastia nos últimos 6 anos, foi a drenagem linfática manual, agregado ao ultrassom, e recursos como endermologia e a radiofrequência também foram citados como associações. O tratamento de pós-operatório, ganhou maior respaldo, após ser confirmado uma melhora significativa nos resultados pós-cirúrgico, minimizando e prevenindo complicações. (MIGOTTO e SIMOES, 2013, p.1652) 

4 ANALISE E DISCUSSAO DE RESULTADOS

Segundo os autores é possível afirmar que a associação da drenagem linfática manual ao uso do ultrassom de 3 mhz proporciona melhores resultados no pós-operatório de abdominoplastia. O ultrassom de 3 mhz é utilizado na fase inflamatória pois estimula o reparo tecidual, tendo diversos efeitos positivos dos tecidos, aumentando o número de fibroblastos e síntese de colágeno, diminui o edema pós trauma, causa analgesia, reabsorção de hematomas, reduzindo a chance de formação de fibroses, cicatrizes hipertrófica e queloides. (MIGOTTO, SIMOES, 2013, p.1649; SILVA et. al, 2012, p.297; MACEDO, 2010 apud COSTA, 2014, p.4)

De acordo com os autores é certo afirmar que devido ao padrão de beleza estipulado pela sociedade, a procura por cirurgia estética tem um considerável aumento nos últimos anos, por ser um método rápido, eficaz e sem esforço. Tendo em vista que o conceito saúde não está somente ligado a ausência de doenças e sim ao bem-estar físico, psíquico e social, resultando assim na melhora de sua autoestima, lhe proporcionando melhor integridade emocional. (SILVA, SANTOS, 2015, p.2; SOARES, 2012 apud COSTA, 2014, p.11; SANTOS, BALMANT, s.d, p.2; SILVA, et. al, 2014 p.20; VIEIRA, NETZ, 2012, p.1)

Segundo os autores é correto afirmar, que a presença de um profissional qualificado e com conhecimento, sobre a fisiologia e anatomia é indispensável para obter um bom resultado no pós-operatório. Pois reduz complicações e possibilita o retorno a rotina, pelo fato de que a execução da técnica oferece uma melhora no descongestionamento dos tecidos, tornando assim a cicatrização mais facilitada, menos dolorosa e sem grandes riscos de possíveis complicações. (SILVA, et. al, 2014 p. 20; FLORES, 2011 apud COSTA, 2014, p.12; LEDUC, 1988 apud SANTOS, s.d, p.8)

Conforme os autores, é plausível afirmar que a cirurgia de abdominoplastia é indicada para indivíduos com flacidez considerável, pós gestação, pós bariátricas, decorrente de grande perca de peso e hérnias da parede abdominal. A cirurgia tem como objetivo restabelecer contorno corporal, e em caso de diástase é efetuado a confluência dos músculos. (BORGES, 2006 p.419; SILVA, SANTOS, 2015, p.6; GUIRRO, GUIRRO, 2004, p.442)

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com material utilizado na revisão de literatura, foi possível verificar uma melhora significativa associada a realização de um protocolo de pós operatório da cirurgia de abdominoplastia. A drenagem linfática manual sendo realizada precocemente no pós operatório promove uma melhor resposta inflamatória, favorecendo o processo de cicatrização e evitando complicações tardias, conseguimos observar que a associação de eletroterapia com a drenagem linfática manual acelera o processo de recuperação. Obtém-se resultados satisfatórios tanto com a drenagem linfática manual quanto com as suas associações.

 

REFERÊNCIAS

COSTA,V.C.  Laserterapia e Ultrassom no Tratamento pós-operatório de cirurgia plástica de abdominoplastia: Revisão de literatura Disponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/18/106__Laserterapia_e_ultrassom_no_tratamento_pYs-operatYrio_da_cirurgia_plYstica_de_abdominoplastia_RevisYo_de_literatura.pdf >.Acesso em: 30/05/2016 ás 21:47

SILVA,R.M.V;MARTINS,A.L.M.S;MACIEL,S.L.C.F;RESENDE,R.A.R.C;MEYER,P.F.Protocolo fisioterapêutico para o pós operatório de abdominoplastia. Disponível em: <http://www.mtprehabjournal.com/files/archive/tm_2012_49.pdf#page=61> Acesso em:30/05/2016 ás 21:00

VIEIRA,T.S;NETZ,D.J.A. Formação da fibrose cicatricial no pós cirúrgico de cirurgia estética e seus possíveis tratamentos. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Tauana%20Sofia%20Vieira.pdf>Acesso em: 30/05/2016 ás 15:30h

MIGOTTO,J.S;SIMÕES,N.D.P.. Atuação fisioterapêutica dermato funcional no pós-operatório de cirurgias plásticas. Disponível em: <http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/263/pdf> Acesso em: 20/05/2016 ás 15:24

SILVA,M.L.S;MEJIA,D.P.M. A eficácia da drenagem linfática manual no pós-operatório de abdominoplastia. Disponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/14/18_-_EficYcia_da_drenagem_linfYtica_no_pYs-operatYrio_de_abdominoplastia.pdf> Acesso em: 06/05/2016 ás 22:38

SILVA,R.M.V;SANTIAGO,L.T;FONSECA,W.T;FERREIRA,A.L.M;LOPES,K.L.D;MEYER,P.F..Avaliação da fibrose cicatricial no pós operatório de lipoaspiração e ou abdominoplastia. Disponível em: <http://www.patriciafroes.com.br/gestao/app/webroot/img/publicacoes/976c2aa082d6d234587418ea485cfece.pdf >Acesso em: 29/04/2016 ás 21:35

ZANELLA,B.I;RUCKL,S;VOLOSZIN,M. A importância da drenagem linfática manual no pós-operatório de abdominoplastia. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Betina%20Zanella,%20Suelen%20Ruckl.pdf>Acesso em: 21/09/2016 ás 14:20

SILVA,C.M;SANTOS,M.D. Atuação fisioterapêutica no pós-operatório imediato de abdominoplastia. Disponível em: <http://www.visaouniversitaria.com.br/ojs/index.php/home/article/view/66>Acesso em: 21/09/2016 ás 15:00

SANTOS,G.J.B;BALMANT,H.W. Estudo bibliográfico sobre a drenagem linfática reversa no pós-operatório de dermolipectomia abdominal. Disponível em: <http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38084350/Artigo_FEPAR.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAJ56TQJRTWSMTNPEA&Expires=1474482521&Signature=Fvtbpa6mz%2Bf8y%2F4WL12bzRHOZtM%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DESTUDO_BIBLIOGRAFICO_SOBRE_A_DRENAGEM_LI.pdf> Acesso em: 20/09/2016 ás 10:09

FLORES,A; BRUM,K.O;CARVALHO,R.M. Análise descritiva do encaminhamento médico a tratamentos fisioterapêuticos dermato-funcionais nos períodos pré e pós operatório de cirurgias plásticas cosméticas

Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/analise_descritiva_encaminhamento_medico_tratamentos_cirurgia_plastica.pdf>

Acesso em: 26/02/2016 ás 14:15

 

BORGES,F.S. Dermato-Funcional – Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte: 2006.

GUIRRO,E.C.O; GUIRRO,R.R.J. Fisioterapia Dermato-funcional – Fundamentos Recursos – Patologias. 3º edição. Barueri – SP: Manole: 2004.

LEDUC,A; LEDUC,O. Drenagem linfática teoria e prática. 3º edição. Barueri – SP: Manole: 2007.


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